sábado, 18 de outubro de 2008

Apresentação!!


QUEM SOU EU????

Boa pergunta, várias vezes dou por mim a pensar nesta questão, mas sinceramente acho que nem sei bem quem sou, pois nao consigo descrever-me quando me perguntam esta questão e nem mesmo quando sou apenas eu a pensá-la... Porque será??? Será devido á falta de auto estima que me acompanha desde que me lembro de ser gente, que faz com que eu tenha medo de falar de mim??? Será o medo de descrever a pessoa que sou e chocar ou afastar aqueles que conheço???
Será o medo de avaliação por partes dos outros seres humanos?? Sinceramente não sei, eis uma expressão que utilizo sempre que tento fugir ao acto de pensar em coisas que poderão ir mais além da minha existência...
Bem vou me deixar de filosofar e vou dizer quem sou eu pelas experiencias de vida que tenho passado, assim é sempre mais fácil descrever-me e tentar dar a conhecer-me mesmo que anonimatamente...

Sou uma rapariga de 23 anos, que desde os 13 que luta contra esta coisa de "disturbios alimentares"... Pois é... já lá vão 10 aninhos e muita coisa "rolou" neste espaço de tempo da minha vida, que me fez sofrer e enfraquecer e arrastou a minha familia atrás.
Enfim, um pouco da minha historia, que provavelmente até ao momento desta dita "desgraça" será tão parecida á de tantos outros mas que muda quand encontro esta falsa "amiga".
Cresci numa familia normal, tive uma educação normal e fui uma criança hiper feliz, energética e cheia de vida, apesar dos meus pais se terem separado aos meus 6 anos, nunca senti verdadeiramente essa separação enquanto criança, nunca tive passeios, nem ferias de familia, mas tambem nunca tive discussões nem berros em casa.
È verdade que os meus pais se separaram, mas sempre acreditei numa reconciliação, (até á bem pouco tempo, inoncência de criança, ou não), enfim sempre os tive os dois presentes, apesar de o meu pai nunca ter estado "bem presente", acho que ele arranjou os meus avós para o substituirem.
Fui criada pela minha mãe, a mulher que mais adoro e mais admiro neste mundo, e pelos meus avós, que tudo fizeram por mim da maneira que eles sabiam melhor.
O meu pai, presenciou a minha vida como espectador e por vezes interviu com prendas, imposições, mas para mim ele era Deus, aquela figura inatingivel, colocada lá em cima, que me julga e que presenteia quando me porto bem. Enfim, foi assim que o vi a minha vida toda...
Nunca o conheci... não sei bem quem ele é... só conheço a parte dele que ele não se importou de me mostrar e que sinceramente como pai não foi a melhor... a parte do afecto e do carinho ali não reside... Acredito que ele é uma boa pessoa, ele ajuda os outros, ele ajudou-me a mim quando mais precisei, pagou-me o internamento e vai até ao fim do mundo por mim acredito nisso... mas infelizmente não é capaz de dizer que gosta de mim... :(
Enfim, ele é assim, dá tudo... só não dá aquilo que mais preciso dele... carinho... acho que desde que me lembro... ele abraçou-me nas vezes que fui internada no centro e para a operação... de resto não me lembro de mais nenhumas acção destas... se ele soubesse o que esses abraços significaram para mim... mas também não lhe consigo dizer (tinha que ter qualquer coisa dele).
Bem deixando para lá este assunto, e relatando um pouco o meu percurso no meio desta "droga da comida" iniciei a prática do "vòmito" aos 15 anos... antes disso tive uma passagem pela anorexia mas levezinha...
Tudo começou quando aquele liquido vermelho nojento saiu de dentro de mim pela primeira vez, aos 12 anos... começou o pânico... " MÃE VOU DEIXAR DE SER CRIANÇA... NÃO QUERO!!!!", foi o que disse á minha mãe neste dia terrivel... :(.
Pois é, as minhas ancas começaram a crescer, as mamas também e o meu cerebro começou a ficar doente com tanta modificação....
Pensei, se deixar de comer volto a ser magra... eu detesto gordura, coisas grandes... vou deixar de comer.. e foi o que fiz...
Deixei de comer... durante dois anos perdi a maior parte do peso a mais que tinha e a partir do momento que descobri a bulimia estagnou...
Dos 15 aos 18 anos foram os anos mais terriveis da minha vida, para alem de todas as descobertas da adolescência que já são confusas, anda tinha este apendice que não me deixava e bloqueava :(...
Isolei-me, criei repugnancia a jantaradas e acabei de certa forma a encontrar um refugio no alcool, quando bebia sentia-me bem, era mais facil viver...
( bem to a fica sem bateria no pc. depois termino a 2ª parte da minha historia...)



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